sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pesquisa Ibope e opinião pública sobre união estavél do mesmo sexo

Pesquisa do Ibope mostra que maioria dos brasileiros é contra união estável entre homossexuais. Segundo Ibope, maoria dos brasileiros ainda reprova a união entre gays

O Ibope divulgou nesta quinta-feira uma pesquisa em que revela que 55% dos brasileiros se declararam contra a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Os dados apontam que a maioria da população discorda da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em maio deste ano, reconheceu por unanimidade a união civil entre homossexuais.

Religião
Entre os evangélicos, 77% não aprovam a decisão do STF. Os católicos ficaram divididos: 50% afirmaram ser contra e 50% a favor da união estável entre gays. Já 63% dos homens disseram ser contra. Entre as mulheres, esse percentual é de 48%, reforçando a teoria de que elas são mais amigas dos gays. No grupo de jovens de 16 a 24 anos, 60% disseram ser favoráveis e, entre os maiores de 50 anos, 73% são contrários, o que sinaliza uma mudança de comportamento na sociedade.

Escolaridade
No estrato da população com formação até a quarta série do ensino fundamental, 68% são contrários à decisão do STF. Na parcela da população com nível superior, apenas 40% não são favoráveis à medida. Estudos anteriores já comprovaram que, quanto maior o grau de escolaridade, maior a aceitação quanto aos direitos dos homossexuais.

Regiões do Brasil
Territorialmente, as regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste dividem a mesma opinião: 60% são contra. No Sul, 54% das pessoas são contra e, no Sudeste, o índice cai para 51%.

Adoção
A pesquisa também entrou em questões polêmicas como a adoção de crianças por casais homossexuais. Entre os entrevistados, 55% se declaram contrários. Entre os homens, 62% disseram não concordar que parceiros do mesmo sexo adotem uma criança. Entre as mulheres, esse percentual é de 49%. Entre os católicos, 51% disseram ser contra. Já 72% dos evangélicos e protestantes não concordam que casais gays adotem uma criança, prova do quão cruel é o fundamentalismo religioso entre este segmento.

O Ibope quis saber ainda a opinião dos entrevistados sobre o nível de aceitação a amigos homossexuais, assim como a tolerância a médicos, policiais ou professores gays. Ao tratar de amizade, 73% dos brasileiros disseram que essa hipótese não os afastariam em nada de pessoas próximas. Outros 24% disseram que afastariam muito ou pouco e 2% não souberam responder.

Em relação à aceitação de homossexuais trabalharem como médicos no serviço público, policiais ou professores de ensino fundamental, apenas 14% se disseram total ou parcialmente contra gays trabalharem como médicos, 24% como policiais e 22% como professores. A parcela dos brasileiros que são parcial ou totalmente favoráveis é de 84% para o caso de médicos, 74% para policiais e 76% para professores, mais um fator que indica uma possível abertura de mentalidade por conta da sociedade.

Em entrevista ao jornal O Globo, Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e novos negócios do IBOPE Inteligência, destacou: “Os dados apresentados pela pesquisa mostram que, de uma maneira geral, o brasileiro não tem restrições em lidar com homossexuais no seu dia a dia, tais como profissionais ou amigos que se assumam homossexuais, mas ainda se mostra resistente a medidas que possam denotar algum tipo de apoio da sociedade a essa questão, como o caso da institucionalização da união estável ou o direto à adoção de crianças”.

A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 18 de julho e ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.


Fonte: www.mixbrasil.uol.com.br

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Abraço de Amor

”Jesus não disse: quando eu for levantado da terra, atrairei alguns a mim. Jesus disse: atrairei todos, todos, todos… Nesse incrível abraço que não nos deixa ir embora. Todos.”
”Tenho mais de cinquenta anos de idade. Sou um bispo da Igreja Anglicana, e creio que algumas pessoas diriam que sou razoavelmente responsável. Mesmo assim, na minha terra natal, não posso votar, mas uma pessoa de dezoito anos pode. Por quê? Porque ele, ou ela, possui esse maravilhoso atributo biológico – a pele clara.”

Desmond Tutu – Arcebispo-Primaz da Província Anglicana do Sul da África (1986-1996) e Prêmio Nobel da Paz

Fonte: www.igrejacomasuacara.ieab.org.br/


Processos por homofobia superam todo ano de 2010 em São Paulo

COTIDIANO -  A Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo instaurou neste ano, até o momento, 40 processos por desrespeito à Lei Estadual 10.948 de 2001 que proíbe a discriminação por orientação sexual. O número já é maior do que os 33 processos abertos em 2010. A coordenadora de Diversidade Sexual da secretaria, Heloísa Gama, atribui o aumento à divulgação da lei.
   “As pessoas têm procurado denunciar mais. Nós também estamos fazendo um trabalho maior de divulgação da lei” ressaltou.
    Segundo ela, a secretaria está fazendo campanhas de conscientização no interior do estado.
    “Porque nós estamos recebendo um número de denúncias no interior que está preocupando. A gente tem sentido que o número de denúncias tem aumentado”.
    Os denunciados podem sofrer um processo administrativo com penas que variam da advertência até a aplicação de multas.
   Na última sexta-feira, 15, um grupo agrediu pai e filho ao confundi-los com um casal gay em São João da Boa Vista, município da região de Campinas. A polícia da cidade está apurando o crime, no qual o pai teve parte da orelha decepada. A polícia já divulgou imagens do local onde a agressão ocorreu e elas podem ajudar a identificar os agressores.
   Para Heloísa, desde o ano passado tem havido um acirramento do debate em torno dos direitos dos homossexuais e transexuais.
“Nós temos sentido que desde o ano passado essas questões têm sido mais discutidas. Por outro lado, tem tido uma animosidade muito grande de alguns setores religiosos. E essa animosidade acaba fomentando violência”.
    A identificação específica das ocorrências envolvendo violência contra essa população é apontada pela coordenadora com uma necessidade para fortalecer o combate a esses crimes. Atualmente, lembra Heloísa, as ocorrências policiais registram esses fatos apenas como agressões ou ameaças, sem a identificação da motivação homofóbica.
“Essa é uma luta do movimento LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais] há muitos anos. Ter um dado estatístico mais fidedigno, até para poder combater”.
    Além da divulgação da lei contra homofobia, a secretaria investe em ações de capacitação de policiais e funcionários públicos para tentar contornar o problema. De acordo com Heloísa, também existem ações voltadas para o público LGBT.
“Você tem que mostrar para o seguimento LGBT que você não pode aceitar passivamente e não denunciar quando você sofre uma discriminação homofóbica”.

Fonte: www.ccne.org.br/O Globo

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pai e filho são confundidos com casal gay e agredidos por grupo

HOMOFOBIA - Um homem de 42 anos teve metade da orelha decepada após ser agredido por um grupo de jovens na madrugada de sexta-feira (15), no recinto da Exposição Agropecuária Industrial e Comercial (EAPIC), em São João da Boa Vista. Os agressores pensaram que ele e o filho de 18 anos fossem um casal gay, pois estavam abraçados.
O homem, que preferiu não se identificar, ainda está traumatizado. Ele contou que depois de um show um grupo de sete jovens se aproximou e perguntou se os dois eram gays.
Ele disse que explicou que eles eram pai e filho e, mesmo assim, houve um princípio de tumulto. Os rapazes foram embora, voltaram cinco minutos depois e começaram a agredir os dois. Um deles teria mordido a orelha do pai, decepando parte dela. “Eu lembro de ter tomado um soco no queixo e apagado. Quando eu comecei a acordar eu ouvi as pessoas dizendo que eu estava sem a orelha”, explicou.
Ambos foram levados para a santa casa, onde foram atendidos e liberados. O filho teve apenas ferimentos leves.
O delegado do 1º Distrito da Polícia Civil de São João Boa Vista, Fernando Zucarelli, disse que foi aberto um inquérito e que já está tentando identificar os possíveis autores. A homofobia, que é a aversão a homosexuais, ainda não consta como crime no código penal brasileiro, mas, além da agressão, os jovens também podem responder por discriminação.
A organização da EAPIC informou que havia 150 seguranças, além da Polícia Militar, durante toda a festa e que vai colaborar com a polícia para a identificação dos agressores.

Fonte: www.ccne.org.br/EPTV Notícias

sexta-feira, 15 de julho de 2011

INSTINTO ANIMAL


 Autor: Aurélio de Melo Barbosa

Os seres humanos são regidos por fortes instintos animais, dentre eles a formação de grupos sociais. Assim como entre várias espécies de mamíferos, os seres humanos formam grupos: famílias, clãs, comunidades, vilas, associações, sociedades, igrejas.

Uma vez pertencentes a um grupo, os seres humanos se identificam plenamente com o mesmo e o defendem “com unhas e dentes”, muitas vezes perseguindo, oprimindo, destruindo outros grupos. Lembra a luta da sobrevivência que existe entre os grupos de animais. E a vida, na natureza, depende disto, da formação de grupos. Isolado um animal muitas vezes não sobrevive, mas em grupo consegue viver e se sustentar.

Nessa animalidade, o grupo busca de toda maneira desenvolver-se e sobreviver, mesmo que seja às custas da exploração e morte de outros grupos. Num grupo o indivíduo zela pelos outros, ama os outros, morre pelos outros. Mas quando se depara perante pessoas de outro grupo, geralmente o despreza ou até persegue.

Podemos exemplificar bem isto: pensem num grupo familiar, constituído por uma mãe, chamada Eva, e um filho, chamado Erval. Eva é capaz de morrer pelo seu filho, de passar fome para garantir o alimento de seu filho. Mas Eva não está nem aí para o filho dos outros. O filho de uma estranha, que não faz parte da família de Eva, pode passar fome, frio, necessidades. Isto não importa para Eva, o que importa é que Erval não pode passar fome ou outras necessidades. Esse egoísmo é típico dos animais. Uma leoa não está nem aí para os filhotes de outra leoa, aliás é até capaz de comer esses filhotes estranhos. Mas seus filhotes ela defende com unhas e dentes, ela ama-os. Daí percebe-se que aquilo que convencionalmente é chamado amor materno, na verdade é apego derivado de instintos naturais e animalescos. Isto vale para qualquer tipo de grupo.

Hoje o ser humano não está mais submetido às revezes e intempéries da natureza. A humanidade desenvolveu maneiras espantosas de processar os recursos naturais e garantir a sobrevivência de todos. Mas os seres humanos continuam a formar grupos, seguindo seus milenares instintos, e rivalizando entre si. Afirmam a superioridade moral, intelectual etc., de seu grupo, em detrimento de outros. E nisto entra a religião!

Os vários grupos cristãos, sejam católicos, protestantes ou outros, costumam, cheios de soberba, afirmar sua superioridade, categorizando-se como os eleitos de Deus, e desprezando os outros grupos, especialmente aqueles que não seguem seus padrões morais.
Aí entra a HOMOFOBIA. Os grupos cristãos querem impor a todos os brasileiros sua religião e moral. Querem que as pessoas de outros grupos, mesmo não professando as mesmas crenças, sigam à força suas regras. Num estado democrático e laico, como o Brasil, querem negar direitos humanos básicos às pessoas LGBT’s.

Se Padres, pastores e outros religiosos acreditam que homossexualidade e transexualidade são pecaminosas, que eles se resguardem de cometer tais atos. Entretanto não podem impor um padrão comportamental a todos os brasileiros. E é isto que querem, tirar a liberdade das pessoas que não são de sua religião, querem impor essa religião à força, como fazia a Igreja Católica Romana na Idade Média.

Um ato sexual entre pessoas de mesmo gênero, adultas e responsáveis, não é crime, pois não prejudica ninguém, se há algum prejuízo é para elas mesmas. Entretanto perseguir, humilhar, cometer atos de violência verbal ou física contra pessoas devido à sua sexualidade é um ato criminoso. Mas a lei brasileira não contempla os crimes de ódio originados na homofobia e transfobia. E lideranças cristãs católicas e evangélicas lutam, junto aos parlamentares brasileiros, para que não haja a aprovação da PL 122, que exatamente criminaliza esses atos de ódio homofóbicos.

Essas mesmas lideranças acham um absurdo que o STF tenha identificado na constituição os direitos legais de casais homossexuais, reconhecendo-os como uma unidade familiar. Aí entra o problema da imposição. Tudo bem que esses grupos cristãos cataloguem a homossexualidade como pecado. Mas a partir disto negar direitos às pessoas LGBT é outra coisa. É instinto animalesco e falta de senso. Se esses cristãos pensam que homossexualidade é pecado, que eles o evitem. Mas eles deveria tem uma postura verdadeiramente cristã e cidadã de reconhecer que existem pessoas que não professam essa crença mas que tem essa sexualidade. Esses cristãos deveriam parar de comportar-se como os fariseus e saduceus que mataram Jesus porque tinham preconceito com ele, por ser pobre e Galileu. Antes, esses cristãos deveriam fazer como Jesus, defender os direitos de todos os seres humanos, não importando de qual grupo.

Num estado democrático e laico (ou seja sem religião oficial), os direitos da minorias devem ser equiparados aos direitos da maiorias. A maioria heterossexual tem direito de casar-se no civil, e por isto vários outros direitos são garantidos: pensão, herança, partilha de bens, etc. Por isto também os casais homossexuais deveriam também ter esse direito. Os grupos LGBT’s não querem interferir nas religiões, não querem ser aceitos à força pelos grupos cristãos. Mas apenas querem que o Estado garanta seus direitos humanos: direito ao casamento, direito a serem reconhecidos como unidade familiar, direito de serem protegidos de crimes de homofobia. As religiões poderão continuar pregando suas opiniões acerca da sexualidade, negando-se a fazer cerimônias de matrimônio entre pessoas de mesmo sexo, negando-se a receber pessoas LGBT’s como membros de seus grupos.

O que as pessoas LGBT’s querem é apenas viver em paz, coexistir pacificamente com outros grupos humanos, construir um Brasil mais justo e feliz, entretanto a cidadania não pode ser negada a ninguém, muito menos devido à sexualidade.

Os grupos cristãos fundamentalistas misturam religião e Estado em suas cabeças. Por eles o Brasil seria um país teocrático, pois assim imporiam sua religião à força. Percebe-se claramente o instinto animal egoísta de defesa de grupo e perseguição de estranhos. Cristãos, que deveriam ser mais livres de seus instintos e mais evoluídos, já que se consideram filhos de Deus, comportam-se como um animal qualquer, perseguindo pessoas que não são de seu grupo.

Fonte: pastoraldadiversidadesexual.blogspot.com

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Novo PLC 122 de Marta Suplicy e Grupos Gays

O projeto de lei 122/06 que visa criminalizar a homofobia foi “sepultado” pela senadora Marta Suplicy mas já tem “outro na manga” com as “mesmas diretrizes”.

Em conversa com o senador Magno Malta (PR-ES), a senadora Marta Suplicy (PT/SP), relatora do PLC 122, teria reconhecido que o projeto não seria aprovado. Marta Suplicy propôs modificar a proposta “no conceito e no contexto”. Entretanto, o plano da senadora é criar um novo projeto que tenha o mesmo foco do PLC 122, como ela informou em seu site.

“Em proposta minha, e já acordada há algumas semanas, com Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), e os senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Demóstenes Torres (DEM-GO), chegamos à conclusão que devido à demonização do PLC 122, ocorrida ao longo da última década, deveríamos apresentar um novo projeto de lei, mantendo as principais diretrizes no combate à homofobia”, explicou a senadora.

Os membros da bancada religiosa e grupos pró-família justificaram que o PLC 122, não pode ser aprovado porque é inconstitucional, mostrando que o preconceito não existe somente contra os homossexuais, não podendo assim apenas contemplar um segmento na lei.

O novo projeto segundo a publicação de noíticias aos homossexuais Revista Lado A o novo projeto será apresentado esta semana no Senado com um número próprio.

Segundo a publicação, que disse ter tido acesso ao texto do novo projeto, ele não criminaliza a agressão verbal aos homossexuais, mas cria dentro da legislação existente “agravantes” e a “tipificação de crimes por preconceito”.

O novo projeto, ainda segundo a mesma revista, altera o artigo 61 do Código penal incluindo “orientação sexual” dentro dos agravantes de crimes. A tipificação entra nos artigos de lesão corporal e Injúria.
Além de tipificar a homofobia em crimes já existentes, diz a matéria, o projeto criminaliza ainda a discriminação no mercado de trabalho por não contratação ou dificultar a contratação por preconceito de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.

Segundo os ativistas LGBT e a senadora Marta Suplicy o PLC 122 foi “demonizado” e que por isso eles deveriam criar um novo projeto. Apesar do pronunciamento de “sepultamento” do PL 122, ele ainda não foi oficialmente arquivado pela senadora.

FONTE: http://portuguese.christianpost.com

sexta-feira, 1 de julho de 2011

GOVERNO DE PERNAMBUCO CHAMA CASAIS GAYS PARA CERIMÔNIA DE CASAMENTO COLETIVO

Depois dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, agora é Pernambuco que quer realizar sua cerimônia coletiva de casamento entre pessoas do mesmo sexo. A iniciativa é do Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e da Assessoria Especial do governador para a Diversidade Sexual.

A iniciativa do governo já está recebendo as inscrições de casais de mesmo sexo interessados em celebrar sua união e oficializá-la com registro em cartório. O objetivo é realizar a cerimônia dentro da programação da 10ª Parada da Diversidade de Pernambuco, marcada para rolar em Recife no dia 18 de setembro.

Os interessados devem procurar Rildo Veras, que é o titular da Assessoria Especial do governador para a Diversidade Sexual pelo telefone
(81) 9277-4989.

FONTE: mixbrasil.uol.com.br